Esses dias, na agência, estavam nos questionando o por quê de não repassarmos os contatos dos jornalistas já que na internet existem os e-mails de todos eles. Em outra palestra, que um dos nossos profissionais participou, também foi falado sobre o envio do mailling para outros contatos e que essa ferramenta não é mais diferencial nas ações de relacionamento com a imprensa, uma vez que é só ‘googlar´ e está tudo lá.
REALMENTE os contatos estão todos lá, na internet. O problema não é repassar e-mail ou telefone de quem sabe que existe. A questão é repassar informações sobre nem sequer um outro comunicador reconhece. Explico melhor: Influenciadores que estão se despontando no mercado local, nem sempre um assessor de imprensa sabe de sua existência, um novo veículo de comunicação está no mercado, se conhece os editores, o perfil de cada profissional, fica mais fácil garantir que sua pauta seja publicada lá… Isso é mapear o mercado e saber quem ou não vai garantir mídia espontânea. Mande um release focado em uma região que não cite a sua para TODOS OS SEUS CONTATOS e veja no que vai dar.
Um bom mailing, além de indicar jornalistas, editores, contatos, influenciadores também tem o perfil do veículo que atua e segmenta. Em alguns deles, existem as preferências de como prefere ser contatado, se por meio de ligação, WhattsApp e até só por e-mail. O tempo investido para construir essa base de contatos, é incalculável e tem um ingrediente para lá de pessoal que até se ensina, mas é preciso mais, é necessário empatia, tempo e identificação. Esse ingrediente é o relacionamento.
Logo, quando a gente compartilha o mailing, resumimos todo esse investimento a uma planilha e entregamos um trabalho feito a várias mãos em um ou dois cliques. Então, caro assessor, faça do seu mailing o seu diferencial. Sabe aquele colega da faculdade e da pós, procure saber onde ele está o que anda fazendo e se ele está num veículo de imprensa ou se é um influenciador. Nem sempre ele se intitula um influencer, mas ele tem 40 mil seguidores no instagram e a maioria é da sua região e cuida da segurança pública e você atua na Polícia Civil. E aí? Será que é legal sua informação chegar nele?
Essas pessoas são estratégicas e quem melhor que o próprio assessor de comunicação para identificar essa peça chave em meio a tantas outras… Sim, no fim a gente tem um mailing comum, que vale para quase todas as pautas e um específico, dependendo de qual é a finalidade de cada ação.
Quando atendemos diferentes clientes, quando chega um novo cliente sabe o que fazemos? Se o segmento é o mesmo é mais fácil. Usamos uma base que já temos para identificar quem podemos contatar e outros novos. Se for um segmento diferente, é necessário traçar uma nova estratégia e verificar quem são peças chave para aquela comunicação?
Podemos enviar releases diferentes para TODO MAILING?
Não, não dá! Vai se queimar com o repórteres. O jornalista que cobre cultura não quer receber nada de economia e vice-versa. Largue a preguiça de lado e FOQUE!
Como faço para elaborar um mailling?
Comece pela internet, veja os expedientes, lá você já encontra o endereço do jornal, o nome dos editores e o contato. Se conhecer algum deles pessoalmente, dá para colocar algumas características. Costumamos colocar algumas características de personalidade, preferência política, e se tem facilidade com determinado assunto. Esse repórter pode mudar de veículo, mas continuará com aquelas características de personalidade.
Posso pedir o mailing de imprensa do meu colega e começar a partir dele?
Até pode, mas mesmo encontrando tudo na internet, não fique ofendido, caso ele prefira não passar. Um assessor tem uma estima pelo mailing de contatos dele, pelas razões citadas acima.
Então, é fácil reconhecer que o mailling continua a ser FERRAMENTA não só indispensável como ESTRATÉGICA, senão não teríamos uma série de plataformas para comunicadores ‘disponibilizando’ o serviço em troca de pagamento de mensalidades.
Fabiane Sato – Jornalista